segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Paulo Henrique: déjà vu ou profecia?

Sabe aquela sensação estranha que temos de que já vivenciamos determinada situação? Ela é chamada de déjà vu. Senti isso ontem ao ver o garoto Paulo Henrique, de apenas 19 anos, sair do banco de reservas para se apresentar à torcida do Santos como escolhido para liderar uma nova geração de Meninos da Vila.

Ganso, como gosta de ser chamado, fez seu primeiro gol como profissional - e que golaço! -, garantiu a vitória santista no primeiro contato de Vagner Mancini com seu novo clube e disse estar preparado para a pressão e a responsabilidade que cercam os grandes jogadores. "Quero arrebentar no Santos", exclamou o meia, que diz se espelhar em Kaká e ter o estilo de Rivaldo.

Não sei por que, mas tive a impressão de já ter visto esse filme. O que Paulo Henrique, Neymar, apontado como a maior promessa do Peixe depois de Robinho, Diego, ex-camisa 10 alvinegro e hoje meia do Werder Bremen, e o Rei das Pedaladas têm em comum?

Os dois últimos foram lapidados na base santista e promovidos ao time profissional, onde se juntaram a jogadores experientes para formar o melhor time que o Santos já teve depois da era Pelé. Ganso e Neymar, a que tudo indica, seguirão o mesmo caminho.

Como se comentou muito nos corredores da Vila Belmiro, "estava escrito" que o Santos teria um craque no meio-de-campo que recolocaria o clube no caminho dos títulos. Em 1994, Giovanni vestiu a 10 e foi aclamado como messias. Porém, deixou a Vila sem as conquistas esperadas. Contratado a peso de ouro pelo Barcelona, Messias rodou a Europa, voltou sem brilho ao Santos e hoje defende o Mogi Mirim do amigo Rivaldo.

Agora surge o jovem Paulo Henrique. O garoto magro, alto e de toque refinado foi trazido do Pará por Giovanni. Messias viu potencial no conterrâneo e o entregou a Marcelo Teixeira, como se dissesse: "Aí está, esse garoto vai conseguir o que eu não pude. Ele é o verdadeiro messias."

Mas o que está acontecendo? Estamos diante de un déjà vu ou de uma profecia? É, acho que teremos de esperar para saber. Como o futebol também vive de lendas e superstições, prefiro acreditar nas escrituras.

Um comentário:

Sergio Buccanelli Gouveia disse...

São Paulo, comoção da minha vida, gosto de seus ardores crepusculares

BLACK EYE PEAS... 1ª PARADA DA BILLBOARD