quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Obama, Hamilton e quebra de tabus






Somos privilegiados. Em pleno início do século 21, estamos testemunhando dois marcos históricos. No último domingo, o inglês Lewis Hamilton aliou sorte e competência para se tornar o primeiro negro campeão da Fórmula 1, a principal categoria do automobilismo mundial. Menos de três dias depois, o democrata Barack Hussein Obama foi praticamente aclamado presidente dos Estados Unidos. Filho de um economista queniano e uma antropóloga norte-americana, o senador de Illinois é o primeiro afro-americano a chegar à Casa Branca.

As eleições presidenciais norte-americanas monopolizaram os noticiários de jornais, Internet, rádios e emissoras de televisão em toda parte do mundo. Eleitores, espectadores estrangeiros e jornalistas viram no advogado bem-sucedido - graduado pelas universidades de Colúmbia (ciências políticas) e Harvard (direito) - o líder profetizado por Martin Luther King nos anos 60. Foi isso que o reverendo Jesse Jackson viu quando Obama subiu ao palco, em Chicago, para o primeiro discurso como presidente eleito. O sonho de Luther King se realizara, quarenta anos após sua morte. E o reverendo chorou...

É difícil projetar a nova ordem mundial com Obama no trono do país mais poderoso do planeta. Porém, é evidente a mudança de comportamento do povo americano ante o triunfo democrata. A típica frieza ianque deu lugar à emoção, à esperança de dias melhores. As imagens de norte-americanos brancos e negros, unidos, chorando na vitória de um presidente jamais haviam sido vistas em toda a história. Com esse calor humano na Casa Branca, os Estados Unidos nunca mais serão os mesmos. E o resto do mundo pode ser o maior beneficiado.

Lewis Carl Hamilton é outro predestinado. Chegou à Fórmula 1 em 2007, aos 22 anos, como grande aposta de Ron Dennis, o chefão da McLaren. Logo mostrou seu talento, obteve o melhor desempenho de um novato na história da categoria e só não foi campeão do mundo na estréia por falta de preparo psicológico. Mas, na segunda temporada, o britânico mostrou que não entrará para a história apenas como um bom piloto que fraqueja nos momentos decisivos.

Assim como Obama, Hamilton provou ao mundo que nada é impossível. Um negro pode ser campeão da milionária F-1 e também pode ser presidente dos Estados Unidos. Dez anos atrás, ninguém apostaria nessas possibilidades. Sinal de que estamos evoluindo e nos despindo de preconceitos e paradigmas inerentes à lógica que permeou o início da civilização. Que venham as próximas conquistas! Estaremos sempre prontos para recebê-las e nos emocionar com elas.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Título e rebaixamento em jogo no San-São


Douglas; Wendel, Domingos, Fabiano Eller e Kléber; Rodrigo Souto, Roberto Brum, Bida e Michael; Cuevas e Kléber Pereira. Esse é o provável Santos que entra em campo neste domingo para encarar o São Paulo, em partida válida pela 23ª rodada do Brasileirão. Para o Peixe, o San-São é mais uma oportunidade de mostrar que ainda é possível evitar o rebaixamento. Já o Trocolor vê o clássico como motivação para seguir sonhando com o título.

O jogo das 16 horas no Morumbi promete. Deve marcar a despedida de Kléber, sondado por clubes europeus, e os retornos do volante Hernanes, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim, e do zagueiro Miranda, recuperado de uma lesão no joelho. Além disso, estarão em campo três dos maiores artilheiros do campeonato: Kléber Pereira (15 gols), Hugo (9) e Borges (7). E o Peixe promete ir pra cima do perigoso São Paulo.

O técnico Muricy Ramalho fechou o treino desta quinta-feira , mas deve escalar Rogério Ceni; André Dias, Miranda e Rodrigo; Joílson, Jean, Hernanes, Jorge Wagner e Richarlyson; Borges e André Lima. O Tricolor é o quinto colocado no Brasileirão com 37 pontos, enquanto o Peixe ocupa a vice-lanterna com 22.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Contra o Inter e a síndrome do rebaixamento


Embalado pela goleada de 5 a 2 sobre o Vasco na Vila Belmiro e pela campanha "Time da Virada", lançada pelo clube para envolver a torcida alvinegra na luta contra o rebaixamento (http://santos.globo.com/timedavirada/principal.php), o Santos pega o Inter-RS nesta quarta-feira, em busca da primeira vitória fora de casa.

E que parada indigesta! Encarar no Beira-Rio um Colorado mordido pela derrota de 1 a 0 para o lanterna Ipatinga e ainda aspirando as primeiras posições no Brasileirão não será nada fácil. Pela lógica, o Inter vence fácil, explorando a síndrome do rebaixamento que acomete o Peixe e os buracos na zaga santista. Porém, como sabemos, nem sempre a lógica reina nos gramados.

O maior desafio do Santos é superar tal síndrome, que deixa os jogadores tensos, desconcentrados e ansiosos demais, fatores que ocasionam erros na defesa e no ataque. É entrar em campo para mais uma partida decisiva, com a mesma garra, concentração e atenção demonstradas nos últimos jogos. Foi assim no magro 1 a 0 sobre o Sport, em pouquíssimos minutos da derrota de 4 a 2 para o Palmeiras e nos animadores 5 a 2 ante a esquadra de São Januário.

Se a síndrome do rebaixamento for curada, o time joga de igual para igual com os gaúchos e soma pontos em Porto Alegre.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Lucas, ex-Ponte, reforça time sul-coreano



O atacante Lucas Pereira, ex-Ponte Preta, Portuguesa e São Caetano, é o novo reforço do Suwon Samsung Bluewings, um dos times mais populares da Coréia do Sul. O jogador de 26 anos - que trocou os campos de terra da região dos DICs, em Campinas, pelos gramados do exterior - foi emprestado aos "azuis" asiáticos pelo Ajaccio, clube que detém seus direitos e disputa a segunda divisão do Campeonato Francês.

Lucas chega ao clube sul-coreano num momento excepcional. A "Tempestade Azul" (Blue Storm), como a equipe de Seul é chamada pelos torcedores, lidera a K-League com 37 pontos ganhos e a Hauzen Cup com 14.

A adaptação à nova casa não está sendo difícil. Apesar da enorme diferença cultural, o ex-pontepretano conta com a ajuda de outros dois brasileiros: os também atacantes Edu - a grande estrela do time -, revelado pelo Santos e com passagens pelo Campinas FC, Crac de Catalão, Náutico e futebol alemão; e Nadson, ex-Vitória-BA e Corinthians.

Num bate-papo com Cinema, futebol e cerveja!, Lucas elogiou a estrutura do clube e disse que está se preparando para encontrar o caminho do gol. Até agora, jogou três partidas e ainda não balançou as redes asiáticas. Boa sorte, artilheiro!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Que falta de vergonha na cara!

Ridícula a atuação dos comandados de Cuca na noite do último domingo, na Vila Belmiro. Como pode o Santos de Kléber Pereira, Kléber, Rodrigo Souto, Fabão e Rodrigo Tabata apanhar de 4 a 0 em casa sem reação alguma? E para o Goiás, um dos piores times do Brasileirão e virtual candidato ao rebaixamento. Os salários - que não são baixos (Kléber Pereira e Fábio Costa ganham na casa dos absurdos R$ 200 mil) - estão em dia e a estrutura do clube é ímpar no País. Mas o volante Souto matou a charada. O que falta é vergonha na cara!

Infelizmente, perdi parte da minha noite de domingo para ver a partida. E não gostei nada do que vi. O Peixe continua uma equipe sem esquema tático, padrão de jogo e jogadores sem determinação e vontade de vencer. O jogo de domingo foi muito pior que partidas de várzea que cansei de ver em campinhos de terra de Campinas e região.

Por incrível que pareça, a única chance clara de gol peixeira ocorreu no segundo tempo da partida. Isso mesmo. O Santos jogava em casa, contra o vice-lanterna do campeonato, precisando da vitória e concluiu uma só vez com perigo. Só pode ser uma pegadinha...

Na boa, me senti envergonhado. Além de reforços, o que falta ao clube da Rua Princesa Isabel é uma dose cavalar de vergonha na cara!

domingo, 1 de junho de 2008

Ah, que saudade do Robinho...

Depois de assistir ao sonolento clássico paulista deste domingo, senti saudade do Santos de Diego e Robinho. Os dois maiores jogadores do Peixe dos últimos anos certamente dariam cor a uma partida burocrática e sem técnica como a de ontem. E o pior foi vê-los arrebentar na Seleção Brasileira um dia antes do "SanSão".

Robinho dá um belo drible no zagueiro canadense e rola para Diego abrir o placar. Por fim, quando o amistoso Brasil x Canadá parecia caminhar para um amigável 2 a 2, ele, o Rei do Drible, fica cara a cara com o goleiro, o tira da jogada e dá números finais ao placar. Moral da história: Luís Fabiano e Diego marcaram e Robinho desequilibrou.

No Santos de 2008, não existe um jogador que faça a diferença. Além de limitado, o time não tem sequer padrão de jogo. Os jogadores com poder de decisão - os dois Klébers, Molina e Wesley - oscilam demais e comprometem o desempenho da equipe num campeonato balizado pela regularidade. Por isso, com esse time não dá para sonhar com nada além da 10ª colocação no Brasileirão.

Emerson Leão sabe disso e, como fizera Vanderlei Luxemburgo, abandonou o barco. Em entrevista ao apresentador Fernando Vanucci, no programa "Bola na Rede" da RedeTV!, Leão revelou que a falta de capital para investimentos no Peixe motivou sua saída do clube.

Sinal amarelo na Vila Belmiro...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Mais dois queridos amigos casados. Parabéns!








Depois de falar de futebol e cinema, chegou a hora da tão esperada cerveja. No último sábado, os amigos Lilian e Edmar disseram sim um ao outro, trocaram alianças e entraram para o crescente time dos casados. A cerimônia e a recepção aconteceram na Fonte Santa Tereza, tradicional salão de eventos situado bem no coração de Valinhos.

Com cerimonial a cargo da excelente Enis Marton Bruno e decoração do renomado Paulo Sândalo, o evento começou por volta das 20h30 e varou a madrugada. Choro e muita risada foram a tônica do enlace. O ponto alto da cerimônia ficou por conta do ED. Derrubado pela emoção, ele ficou com os olhos marejados diante da noiva. Depois, pôs uma peruca black power e foi para a galera.

Entre os convidados, destaque para os padrinhos Vanessa e Alex Alves, Sônia e Mauro Baldassin, Queli e José Arnaldo e Cristiane e Hermes Arantes de Assis. Além da minha digníssima esposa Carla Marton, é claro! Nem precisa falar que nossos copos não ficaram vazios um minuto sequer. Belo trabalho dos garçons!

Os noivos dançaram a noite toda e deixaram o salão na companhia dos incansáveis "fins-de-festa". Neste momento, os recém-casados devem estar numa daquelas belas praias de Natal, tomando uma gelada e dando uma relaxada. Quem sabe a Praia da Pipa, Jenipabu, Maracajaú, Punaú, Cunhaú...

Felicidades aos noivos e tudo de bom nessa nova etapa da vida!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Montei um time; conheça o Santista Real

Renan (Inter); Helder (Grêmio), Marco Aurério (Portuguesa), Fábio Luciano (Flamengo) e Jonathan (Cruzeiro); Pierre (Palmeiras), Ramirez (Cruzeiro), Denílson (Palmeiras) e Carlos Alberto (Botafogo); Christian (Portuguesa) e Carlinhos Bala (Sport). Técnico: Muricy Ramalho. Essa é a escalação do Santista Real, time que acabo de fundar no Cartola FC, jogo que exige habilidade em observar, contratar e vender jogadores no Campeonato Brasileiro.

Com apenas 100 cartoletas (moeda oficial do jogo) nos cofres, tive de montar uma equipe boa e barata. Não pude escalar jogadores como Adriano, Kléber Pereira, Valdívia, etc. Para se ter uma idéia, só o Imperador está avaliado em 30 cartoletas. Meu ataque todo vale 17,90 cartoletas. E olha que não é uma linha de frente ruim, hein! Com o capital de giro dado a cartolas iniciantes, só consegui nível técnico acima da média no meio-de-campo. Pierre, Ramirez, Denílson e Carlos Alberto (aquele dispensado por Corinthians e São Paulo) são bons jogadores.

Bom, meu time está escalado. Agora é só esperar a terceira rodada do Brasileirão e torcer pela valorização dos jogadores. Você deve estar estranhando o fato de o Santista Real não ter jogadores do Santos. Não é por acaso. Vou esperar a partida de quinta-feira pela Libertadores para saber com que time o alvinegro enfrentará o Cruzeiro, no Mineirão. Aí saberei quem poderei contratar para a rodada do final de semana.

Mas é isso, pessoal. Para entender melhor, acesse http://www.cartolafc.com.br/, faça seu cadastro e entre no mundo da cartolagem. Para quem gosta de futebol é uma experiência interessante, além dos prêmios para os melhores cartolas.

domingo, 18 de maio de 2008

A volta de Indiana Jones

A música-tema de "Indiana Jones" é uma das mais conhecidas do cinema. Assim como a marcha imperial de "Star Wars", o angustiante tema de "Tubarão" e a canção que embala os vôos do Superman, "A marcha dos caçadores" é uma instituição - sinônimo de aventura e ação - que povoa o imaginário das pessoas e se confunde com o filme. Quase 20 anos depois do fechamento da trilogia ("Indiana Jones e a última cruzada", 1989), ela voltará a ecoar em salas escuras do Brasil e do mundo. Tendo a nostalgia como maior trunfo, "Indiana Jones e o reino da caveira de cristal" estréia nesta quinta-feira nos cinemas.

Com o mesmo Harrison Ford no papel principal, o quarto filme da franquia certamente vai lotar os cinemas. As quase duas décadas de descanso do arqueólogo corajoso deixaram um vazio nos admiradores, que agora levarão filhos, irmãos e esposas para conhecerem o último grande aventureiro do cinema. Porém, tenho uma má notícia para os "jonemaníacos": o doutor ou senhor Jones, segundo o próprio Harrison Ford revelou neste domingo ao "Fantástico", está mais romântico nessa jornada.

"O reino da caveira de cristal" é a continuação da saga de Indi, iniciada em "Os caçadores da arca perdida" (1981), seguida por "O templo perdido" (1984) e "A última (ou penúltima) cruzada". A megaprodução é uma das grandes apostas de Hollywood para o verão americano.

Prevendo a histeria de fãs à procura de bilhetes, os cinemas estão em franca pré-venda há cerca de duas semanas. O longa estrelado pelo sessentão deve repetir (ou pelo menos se aproximar) os fenômenos de bilheteria "Titanic", "O Senhor dos Anéis", "Star Wars - Episódio 3" e "Código Da Vinci".

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Nem tudo está perdido

Não há duvidas de que foi ruim o gorduroso placar de 2 a 0 imposto pelo América-MEX ao Santos na noite desta quinta-feira. Porém, a equipe de Emerson Leão - apesar de sua clara limitação - tem plenas condições de dar ao time mexicano uma boa dose de seu próprio veneno.

Depois de levarem uma surra do Flamengo em casa (4 a 2), os mexicanos não se intimidaram diante de um Maracanã lotado, devolveram a goleada (3 a 0) e despacharam o então quase classificado rubro-negro. A missão do Peixe é menos impossível que a do América, pois decide na Vila Famosa e avança à semifinal com uma vitória de 2 a 0.

Na partida desta quinta, o Santos deu mole (parece que entrou dormindo em campo) e o atacante Cabañas deitou e rolou (perdoem o trocadilho com a forma circular do habilidoso jogador) na área santista. Fez os dois gols, deu passes precisos e passaou a impressão de que Fabão, Betão e Marcelo pesavam 100 quilos cada um.

A única vez que o ataque alvinegro funcionou parou no apito equivocado do argentino Héctor Baldassi. Após troca de passes na entrada da área, Kléber Pereira ficou cara a cara com Ochoa, o driblou e rolou para o fundo das redes. Posição legal, diria Arnaldo César Coelho. Mas o argentino anulou um tento precioso para o Santos. Com 2 a 1, bastaria 1 a 0 na Vila para carimbar o passaporte para a próxima fase. Paciência. Agora é encher o Urbano Caldeira e mostrar que lá "quem dá bola é o Santos!"

domingo, 11 de maio de 2008

Fracasso paulista na estréia

Palmeiras, São Paulo e Santos estrearam com derrota no Brasileirão 2008. Cada um a sua maneira, os grandes paulistas mostraram que precisam de muito "feijão" para lutar pelo título. Na Série B, o Corinthians sofreu, mas bateu o CRB.

Vamos pela ordem de favoritismo. O Verdão pegou o Coritiba, no Couto Pereira, ainda com gosto de guarda-chuva na boca. Campeã paulista, a máquina de Luxemburgo sentiu a ressaca pós-volta olímpica e precisará de uma vitória para voltar a funcionar. Absolutamente normal, levando-se em conta a determinação de um adversário que reestreou em casa na elite do futebol brasileiro.

Quanto ao Tricolor, fica cada vez mais claro que o time do Morumbi está longe de apresentar o futebol que o tornou bicampeão brasileiro 2006-2007. A equipe depende de dois ou três jogadores e já não é mais um bicho de sete cabeças. Certamente, foi uma das piores estréias são-paulinas dos últimos anos. Perder para o cambaleante Grêmio em casa? Poucos tricolores acreditaram ao receber a notícia. Sinal amarelo no Cícero Pompeu de Toledo.

A derrota santista era previsível. Com apenas dois titulares - Wesley e Lima -, o Santos enfrentou um Flamengo com todos seus titulares e mordido pela eliminação traumática na Libertadores. O placar de 3 a 1 foi pouco pela diferença técnica em campo. O Peixe vai repetir a fórmula do ano passado. Deixar o Brasileiro de lado para apostar suas fichas na competição sul-americana. Até aqui, tudo é muito parecido: time razoável, elenco fraco e classificação à semifinal altamente possível.

O Timão estreou com vitória na Série B. Na reabertura do Pacaembu, Herrera (2) e Chicão marcaram no triunfo de 3 a 2 sobre o time alagoano. Nem a Fiel esperava sofrer tanto contra um adversário que disputa a segundona há 14 anos. Isso é Segunda Divisão...

sábado, 10 de maio de 2008

Estamos chegando...

Quando o Santos começou a temporada, sem dinheiro e qualquer perspectiva de montar um time, comentaristas e santistas fanáticos - inclusive eu - logo decretaram o fracasso alvinegro em 2008. Sem contratações de peso e com uma equipe sucateada pelas baixas de Zé Roberto e Maldonado, o Peixe era presa fácil para São Paulo, Palmeiras e até mesmo o recém-rebaixado Corinthians.

Mas o tempo, o bom trabalho e uma boa pitada de sorte são implacáveis. Com sensibilidade e competência, Emerson Leão reeditou o desempenho de sua última passagem pelo clube, mesclou experiência com juventude e colocou uma equipe raçuda em campo. As apostas em Wesley, Marcelo e Adriano, as aquisições de Molina, Fabão, Betão e Lima, somadas aos reconhecidos talentos de Fábio Costa, Kléber, Rodrigo Souto e Kléber Pereira tornaram o Santos uma equipe vibrante, guerreira e altamente competitiva.

O duplo 2 a 0 sobre o Cúcuta-COL provou isso. Enquanto todos só falavam em Flamengo e Cruzeiro e a Globo só transmitia jogos do São Paulo, o Peixe foi crescendo e hoje é um dos fortes candidatos ao título sul-americano. Molina cresce a cada partida, o espírito de Libertadores emana a cada triunfo e o entrosamento traduz cada vez mais jogadas em gols.

Agora, que venha o América-MEX - equipe perigosa que destronou o rei do Maracanã e derrubou palpiteiros de plantão (eu também). O primeiro passo foi dado. Os principais jogadores do elenco já estão no México, enquanto uma equipe reserva enfrenta o Flamengo na estréia do Peixe no Brasileirão 2008, neste domingo. Depois, é só armar o Alçapão e esperar os mexicanos.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Brasucas em campo pela Libertadores

Os jogos de volta das oitvas-de-final da Libertadores, na noite desta quarta-feira, reservam grandes emoções para os amantes do futebol. Destaque para Cruzeiro x Boca Juniors, às 19h10, no Mineirão. A Raposa perdeu por 2 a 1, em Buenos Aires, e segue na competição com vitória de 1 a 0. Porém, apesar do "já passou" entoado por comentaristas de televisão, a tareda não é nada fácil.

O Boca sabe como poucos decidir fora de casa e, certamente, vai jogar em cima do nervosismo do Cruzeiro, que pode ter o Mineirão lotado como adversário caso o gol demore a sair. Foi assim com o Grêmio em 2007 e com o Santos em 2003.

Tarefa menos complicada terá o São Paulo, às 21h50. O misterioso time de Muricy Ramalho recebe o Nacional (URU), que não conseguiu bater o Tricolor na partida de ida, no Uruguai. Apesar de admitir a superioridade e a vantagem de jogar no Morumbi, Muricy fez treino secreto e até ensaiou cobranças de pênalti.

No Maracanã, tudo pronto para a festa de despedida de Joel Santana. Depois de vencer o América (MEX) por 4 a 2 no México, só um desastre tira o Flamengo das quartas-de-final. O homem da prancheta vai trocar o Mengo pela seleção sul-africana. A partida também começa às 21h50.

Flamengo e São Paulo já estão nas quartas. Quanto ao Cruzeiro, é prudente não subestimar o time de Juan Román Riquelme.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Ressaca pontepretana

Acabou o sonho pontepretano. Quando a Macaca venceu duas vezes o melhor time do campeonato na fase classificatória - o operário Guaratinguetá -, chegou a acreditar na possibilidade de realizar uma façanha perseguida há mais de 100 anos. Os gols de Eduardo Arroz, Luís Ricardo e Wanderley deram ao sofrido torcedor da "Nega Véia" o direito de sonhar.

Mas a Ponte percebeu que sonhar não é suficiente quando se tem pela frente o maior investimento do futebol brasileiro. Nesse caso, é preciso jogar - e muito. O time de Sérgio Guedes não teve a personalidade e a raça que o classificaram e não conseguiu um gol sequer contra o forte mas ainda desorganizado Palmeiras. Pelo contrário, tomou seis. Gol de todo jeito: de bola parada, de fora da área, impedido, enfim...

O 22° título paulista do Palmeiras prova mais uma vez que o dinheiro, quase sempre, engole o chamado futebol de garimpo. Durante a competição, o técnico alvinegro frisou que seu objetivo era resgatar o orgulho do torcedor pontepretano. E estava conseguindo... Até tomar 5 a 0 numa final de campeonato.

Na manhã desta fatídica segunda-feira, eram poucos os torcedores com coragem de ostentar a camisa do clube pelas ruas de Campinas. O sentimento era de vergonha, de frustração. Para o pontepretano, é hora de voltar à realidade, uma realidade que tem sido muito dura e injusta com a Macaquinha.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Santos viaja com 2 gols na bagagem

Maravilha! Com gols do estreante Lima e do colombiano Molina, o Santástico bateu o Cúcuta na noite desta quinta-feira, na Vila Famosa. O resultado dá ao Santos dois tentos de vantagem para a partida de volta das oitavas-de-final da Copa Libertadores, marcada para a próxima quinta-feira, na Colômbia. O Peixe avança às quartas até com derrota por um tento de diferença ou por dois, desde que marque gol.

Além de Molina e Kléber Pereira, que mesmo sem ir às redes fez uma boa partida, o recém-contratado atacante Lima se destacou em uma Vila com quase 18 mil alvinegros. O ex-juventino aproveitou um cruzamento do zagueiro-lateral Betão para Kléber Pereira e abriu o placar. Isso aos 18 minutos do primeiro tempo. Apesar de espremer a equipe colombiana, o Peixe ofereceu espaço para contra-ataques e só definiu a partida aos 25 minutos da etapa final.

Liquidada a fatura, agora é hora de preparar a equipe para a "batalha de Cúcuta", no próximo dia 8, às 23h15. Sem Wesley (expulso), sugiro um meio de campo com três volantes: Marcinho, Adriano e Rodrigo Souto; Molina na articulação; Kléber Pereira e Lima no ataque; e o setor defensivo com Betão, Fabão, Marcelo e Kléber. E seja o que Deus quiser!