segunda-feira, 5 de maio de 2008

Ressaca pontepretana

Acabou o sonho pontepretano. Quando a Macaca venceu duas vezes o melhor time do campeonato na fase classificatória - o operário Guaratinguetá -, chegou a acreditar na possibilidade de realizar uma façanha perseguida há mais de 100 anos. Os gols de Eduardo Arroz, Luís Ricardo e Wanderley deram ao sofrido torcedor da "Nega Véia" o direito de sonhar.

Mas a Ponte percebeu que sonhar não é suficiente quando se tem pela frente o maior investimento do futebol brasileiro. Nesse caso, é preciso jogar - e muito. O time de Sérgio Guedes não teve a personalidade e a raça que o classificaram e não conseguiu um gol sequer contra o forte mas ainda desorganizado Palmeiras. Pelo contrário, tomou seis. Gol de todo jeito: de bola parada, de fora da área, impedido, enfim...

O 22° título paulista do Palmeiras prova mais uma vez que o dinheiro, quase sempre, engole o chamado futebol de garimpo. Durante a competição, o técnico alvinegro frisou que seu objetivo era resgatar o orgulho do torcedor pontepretano. E estava conseguindo... Até tomar 5 a 0 numa final de campeonato.

Na manhã desta fatídica segunda-feira, eram poucos os torcedores com coragem de ostentar a camisa do clube pelas ruas de Campinas. O sentimento era de vergonha, de frustração. Para o pontepretano, é hora de voltar à realidade, uma realidade que tem sido muito dura e injusta com a Macaquinha.

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